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    .: Artigo :. As 40 perguntas + frequentes do Parto

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    Mensagem por Admin A Seg maio 26 2008, 02:21

    Parte 1
    O parto é um dos momentos mais esperados, mas também o que mais dúvidas desperta ao longo de toda a gravidez. Por isso, para chegarem a ele tranquilas, nada melhor do que o conhecerem até ao último detalhe.


    A que se chama trabalho de parto?
    O trabalho de parto consiste numa série de contracções uterinas regulares e progressivas que vão dilatando o colo do útero para permitir o nascimento do bebé.

    O que é o rolhão mucoso?
    Chama-se rolhão mucoso a um concentrado de secreções que se localiza na zona média do colo do útero, cuja função é proteger as membranas ovulares. Até ao final da gestação, quando o colo se abranda e se encurta, e antes do início do trabalho de parto ou durante o pré-parto, este tampão solta-se das paredes do colo do útero e cai. Muitas vezes, ao ver esta substância viscosa, às vezes misturada com sangue, a mamã pode preocupar-se acreditando erradamente que se trata do começo do trabalho de parto. No entanto, salvo que se acompanhe de contracções regulares e progressivas, a expulsão do rolhão mucoso não requer uma consulta urgente, dado que o parto pode demorar ainda vários dias ou talvez semanas.

    O que significa a ruptura da bolsa?
    Denomina-se ruptura de membranas à ruptura da bolsa das águas na qual se encontra o feto, imerso no líquido amniótico. Esta ruptura pode produzir-se de forma espontânea, ou artificialmente, quando a bolsa se rompe durante o trabalho de parto.

    Como me apercebo de que rompi a bolsa?
    Quando se produz a ruptura da bolsa, um líquido quente começa a fluir bruscamente entre as pernas e diferentemente da urina nenhum esforço será útil para retê-lo. O odor deste líquido é muito característico, segundo referem algumas mamãs parecido ao do sémen ou ao da lavandina. E a coloração é habitualmente clara. A quantidade pode ser variável, e depende do tamanho e da localização da ruptura: quando é alta, a perda geralmente é escassa; em troca, se a ruptura é baixa, o fluído pode ser mais abundante.

    Se a bolsa se rompe, tenho de ir a correr para a maternidade? Sim, mas sem urgência. Se a ruptura das membranas se produz no término da gravidez (entre as semanas 37 e 41), na maioria dos casos pode esperar o início espontâneo do trabalho de parto durante as primeiras 24 horas, o que implica que de forma ordenada se pode ir planificando o internamento na maternidade.

    Mas atenção:

    Se o líquido tem uma cor esverdeada, acastanhada ou ensanguentada, ou odor desagradável, deverá deslocar-se para a maternidade com maior urgência, perante a possibilidade de que exista uma infecção das membranas, sangramento intra-uterino, ou mecónio fetal.

    Como são as contracções de parto?
    As contracções estão presentes durante toda a gravidez e podem ser indolores (segundo o que contam as mamãs, a sensação é de que a barriga fica dura). Mas as que correspondem ao parto propriamente dito caracterizam-se porque vão aumentando de frequência (são cada vez mais seguidas), e em intensidade, tornando-se mais fortes e dolorosas. O repouso é o primeiro inibidor das contracções uterinas que não correspondem ao trabalho de parto. Por isso, quando aparecem, é bom fazer um breve descanso para ver se cedem.

    Se fazem parte do trabalho de parto, as contracções persistirão apesar do repouso. Classicamente, o período de dilatação divide-se em duas etapas. A primeira, denominada fase latente, começa com contracções irregulares e finaliza quando se consegue uma dilatação de dois ou três centímetros. Na segunda etapa, ou fase activa, as contracções vão aumentando a sua frequência, duração e intensidade, e também aumenta a dilatação, até chegar aos dez centímetros, no momento do parto.

    As contracções doem sempre?
    Como sabemos, a tolerância à dor é diferente de indivíduo para indivíduo. Assim, uma dor que se torna insuportável para uma pessoa, para outra pode significar apenas uma moinha. E com as contracções passa-se o mesmo: há mulheres que se contorcem com dores, enquanto que outras nem se apercebem de que estão em pleno trabalho de parto. O que realmente devemos saber é que não têm de ser necessariamente dolorosas para ser efectivas. Por isso, mais importante do que a dor, é considerar a frequência: contracções seguidas durante duas horas doam ou não, são um sintoma de que chegou a hora de partir rumo à maternidade.

    Como é a equipa que estará comigo no momento do internamento?
    Durante a etapa da dilatação, uma equipa de saúde composta por uma enfermeira, a enfermeira-parteira e o médico obstetra acompanham a grávida, e são os responsáveis por vigiar a saúde da mamã e do bebé, e as necessidades próprias do trabalho de parto.

    Poderá o meu marido acompanhar-me? E se for cesariana?
    Sabe-se , com uma boa evidência científica , que se as mulheres se sentem acompanhadas, o trabalho de parto evolui melhor, e inclusive necessitam de uma menor quantidade de analgesia ou anestesia. No caso das cesarianas, dado que se trata de uma intervenção cirúrgica, a presença de pessoas estranhas à sala de operações encontra-se restringida. Por este motivo, o papá poderá estar presente , se o médico o permite no primeiro momento: quando se administra a anestesia e até ao começo da cirurgia. Depois, deverá retirar-se e permanecer na sala de espera perto da sala de operações. Quando o bebé está a nascer já pode voltar a entrar e participar no nascimento junto com a mamã.

    O meu marido não quer estar no parto. Pode acompanhar-me outra pessoa?
    Os benefícios de se sentir acompanhada durante o trabalho de parto não se limitam à presença do papá. Por isso, se ele não deseja estar, a mamã poderá escolher outra pessoa. A presença dos filhos, embora seja discutida, também pode contemplar-se. No entanto, recomenda-se consultar o obstetra para ver qual a modalidade utilizada pela instituição.

    Permite-se mais de um acompanhante?
    Isso dependerá mais da modalidade de cada instituição que do obstetra.

    Utiliza-se sempre a monitorização fetal durante o parto?
    A monitorização electrónica torna-se útil para controlar a vitalidade fetal nas últimas semanas da gravidez, ou ainda durante o trabalho de parto, já que permite efectuar um seguimento da frequência cardíaca do bebé. Através dos movimentos fetais e do comportamento das batidas cardíacas é possível estabelecer o grau de oxigenação entre a mãe e o bebé. No entanto , salvo se trate de partos induzidos, gravidezes de risco, ou perante a suspeita do líquido amniótico conter mecónio , quando o parto é normal, a monitorização fetal não constitui uma prática de rotina. Neste caso, as batidas cardíacas são controladas mediante uma "corneta" de madeira ou plástico chamada estetoscópio de Pinard.

    Quanto dura o trabalho de parto?
    A duração do trabalho de parto depende de cada mulher. Além disso, não é a mesma coisa quando se trata do primeiro parto, do segundo ou do terceiro. Habitualmente, na primeira gravidez, pode prolongar-se umas 12 a 14 horas como máximo; contrariamente, para os partos seguintes, a duração oscila entre as 6 e as 8 horas. Estes tempos dependem também da conduta conservadora ou activa que requer o trabalho de parto, e da equipa obstétrica que o assiste; ou seja, se o parto se deixa evoluir de modo expontâneo ou se se decide induzi-lo.

    Quando me vão internar?
    Uma vez que se tenha determinado que a mamã se encontra na fase activa do parto, ou seja, que já tem uma dilatação adequada, procede-se ao internamento.

    O que me farão quando me internarem?
    No momento do internamento efectua-se um controlo da tensão arterial, da temperatura e do pulso. Também se realiza uma palpação do abdómen para determinar em que posição se encontra o bebé e estimar o seu tamanho e controlam-se as suas batidas cardíacas. Por último, faz-se um exame vaginal para estabelecer o grau de desaparecimento (perda de espessura) do colo do útero, e observar se o bebé se encontra encaixado no canal pélvico Além disso, avalia-se o tamanho da pélvis em relação ao tamanho do bebé, para determinar se o parto poderá ser feito por via vaginal. Todos estes controlos realizam-se, geralmente, por conta da instituição.

    Quando chegar à maternidade, irei directamente para a sala de partos?
    Ao chegar à maternidade, e após efectuar os controlos mencionados, poderá ir para um quarto, para a sala de partos, ou para uma sala de dilatação (a maioria das maternidades têm-na). Durante o trabalho de parto, a mamã permanece na sala de dilatação, acompanhada por uma equipa de saúde e algum familiar (geralmente o marido). Se a maternidade não conta com uma sala de dilatação, quando a grávida se encontra na fase final do trabalho de parto, é transportada directamente para a sala de partos.

    Vão dar-me um clister?
    Esporadicamente, a mamã pode ter uma deposição de matéria fecal no momento da expulsão do feto. Trata-se de uma situação normal que não tem porque se envergonhar, e deve-se ao facto da passagem do bebé através do canal de parto provocar uma distensão do esfíncter (o recto). Há uns anos, para evitar a contaminação da sala de partos, aplicava-se um clister no momento do internamento. E todavia, ainda hoje alguns médicos e instituições continuam com esta prática. Sem dúvida, em muitos lugares este hábito foi abolido devido a que o clister provoca cólicas, e é possível que a mamã não consiga distingui-las das contracções. Além disso, a prevenção das infecções através desse método tornou-se totalmente ineficaz.


    É verdade que se faz uma depilação?
    Se antes se considerava mais higiénico, hoje em dia, quando o parto é vaginal, geralmente não se faz a depilação ou só se depila a zona abaixo da pélvis, na zona onde se realizará a episiotomia. De acordo com a opinião dos médicos, os poros abertos podem sangrar e converter-se numa via de acesso aos germes, pelo que desaconselham, em absoluto, esta prática. No entanto, a decisão final será sempre tomada pelo obstetra.


    Durante o trabalho de parto, tenho de estar deitada?
    Se não há contra-indicações, durante o trabalho de parto a mamã pode deambular tranquila. Apesar de algumas investigações recentes sugerirem que salvo um maior bem-estar para a parturiente não existem grandes diferenças. Durante muito tempo manteve-se que andar ajudava à evolução do parto. Com efeito, é possível que se a mulher se encontra de pé, as contracções se tornem mais efectivas e menos dolorosas, acrescentando a isto que a força da gravidade e os movimentos da pélvis materna favoreceriam a descida e a apresentação do bebé.
    Além disso, andar permite à mamã mudar de ambiente e estar mais próxima dos seus familiares, o que torna mais suave o trabalho de parto. No entanto, se o deseja, pode permanecer sentada ou deitada; neste último caso, sugere-se recostar-se preferencialmente para o lado esquerdo para favorecer a circulação útero-placentária e melhorar a oxigenação fetal.

    O que se faz na sala de dilatação?
    Na sala de dilatação, o médico ou a enfermeira-parteira anotam a evolução do trabalho de parto numa tabela especialmente desenhada (partograma), observando múltiplos factores como a frequência, intensidade e duração das contracções, a frequência cardíaca fetal, o estado da bolsa (se se encontra integra ou rota), as características do líquido amniótico, a evolução da dilatação e a dissipação do colo do utero, a posição do bebé e o grau de encaixe dentro da pélvis. O controlo pode realizar-se mediante o método clínico, quer dizer, palpando as contracções uterinas manualmente e comparando-as com a frequência cardíaca do bebé, quer seja através de ultra-sons ou do estetoscópio de Pinard, ou também por meio de um monitor fetal.

    Como se vai dilatando o colo do útero?
    A velocidade de dilatação do colo uterino é de aproximadamente um centímetro por hora. Se a dilatação é inadequada ou não avança (paragem da dilatação), será necessário conduzir o trabalho de parto. Para estimular a contractilidade uterina pode romper-se as membranas ovulares ou a bolsa de águas, e administra-se oxitocina uma hormona sintética similar à produzida pela hipófise materna, que estimula as contracções uterinas por via endovenosa.

    Tenho medo que termine numa cesariana!
    Geralmente, a ideia da cesariana não costuma passar pela cabeça da futura mamã. Aliás, para algumas, só a sua menção, representa uma grande angústia. No entanto, durante o parto podem surgir situações imprevisíveis, que não há forma de detectar antecipadamente, pelo que a cesariana deve incluir-se dentro do menu de possibilidades de qualquer gravidez. Algumas mamãs crêem que se o bebé nasce por cesariana serão menos mães, porque não poderão sentir como saiu, e muitas podem sentir-se culpadas por ter feito algo mal. Mas se tomamos consciência do que o mais importante é o bebé e não por donde sai, poderemos evitar os sentimentos de frustração quando o parto não pode ser feito como o havíamos imaginado. Também é certo que algumas mamãs optam por uma cesariana, porque não desejam ter um parto vaginal. Uma vez analisados os riscos de ambas as situações, a mulher encontrar-se-á em condições de escolher e a sua decisão deve ser respeitada. A forma como termina o parto deveria acordar-se através de um consentimento informado, onde o obstetra explique as vantagens e desvantagens de cada uma, e a mulher pode dar a sua opinião a esse respeito. Os termos natural e artificial podem ser confusos, pelo que conviria evitá-los.

    Quando me levarão para a sala de partos?
    Quando a dilatação alcança os cinco ou seis centímetros, ou então quando se completou (mais de dez centímetros), a mamã é transferida da sala de dilatação para a sala de partos, onde terá lugar o período expulsivo, ou seja, o nascimento do bebé.

    O que acontecerá quando entrar na sala de partos?
    Além da mulher e o marido, na sala de partos pode estar muita gente: o obstetra, a parteira, às vezes segundo o lugar – algum médico que assiste o obstetra, uma enfermeira, o neonatologista e, às vezes, uma enfermeira pediátrica. Quando ingressa na sala de partos, a mamã é colocada numa maca reclinável. Em seguida, após uns poucos puxões, nascerá o bebé. Mas, se apesar dos puxões a cabecinha do bebé não aparece, durante as contracções pode ajudar-se com a manobra de Kristeller, exercendo uma suave pressão sobre a parte superior do abdómen (o fundo do útero) para que o puxão seja mais efectivo.Este procedimento torna-se extremamente útil e diminui notavelmente a necessidade de utilização dos fórceps ou ventosas. Para que a cabeça do bebé possa sair de forma adequada, é necessário distender a zona períneal, que se encontra entre a vulva e o ânus. O profissional que assiste ao parto irá definir a necessidade de proceder a uma episiotomia.

    Atar-me-ão as pernas?
    As pernas não se atam, mas tenta-se dar-lhes um ponto de fixação de forma a que o puxão seja mais eficaz. Algumas cadeiras ou macas dispõem de perneiras para apoiá-las com maior comodidade.


    Última edição por Admin em Seg maio 26 2008, 02:45, editado 1 vez(es)
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    Mensagem por Admin A Seg maio 26 2008, 02:31

    Parte 2

    Para que serve a episiotomia?

    A episiotomia, cujo objectivo é evitar o rasgar dos tecidos, realiza-se com uma tesoura pouco antes da saída da cabeça do bebé, e consiste num corte no sector que se encontra entre a vulva e o ânus, na zona denominada períneo. O obstetra é quem determina quando é necessário realizá-la, de acordo com a distensão do períneo durante a última fase do parto. Se bem que alguns médicos a realizem rotineiramente em todos os partos, outros podem avaliar o tamanho da cabecinha do bebé e a elasticidade da musculatura da mãe, antes de tomar a decisão. É importante que a mulher saiba que reparar um rasgão resulta mais complicado do que realizar uma episiotomia, pelo que deve estar tranquila e confiar na decisão do seu obstetra. No entanto, a opinião da mamã tem sempre valor.

    E se não sei puxar?

    Um dos motivos de maior preocupação para a maioria das grávidas é se serão capazes de efectuar os puxões com a devida eficácia, ou se poderão concentrar-se adequadamente durante as temidas contracções. A verdade é que provavelmente não consigam fazê-lo da mesma maneira que praticaram durante o curso de psico-profilaxia, mas isto não a deve preocupar: o bebé nascerá igualmente. O puxão não é algo inventado pelos génios da psico-profilaxia, mas apenas um simples reflexo que surge, de maneira espontânea, cada vez que a cabeça do bebé se apoia sobre o recto.

    Em cada puxão, os músculos abdominais e o diafragma põem--se em tensão, e esta pressão abdominal ajuda à descida do bebé. Em raras ocasiões, a anestesia peridural pode diminuir a tal ponto a percepção das contracções ou a sensação de puxão que a sua realização se torna um tanto difícil. No entanto, não há porque assustar-se: com a ajuda e os conselhos da parteira se suprirá essa falta de sensação, e poder-se-á puxar da mesma forma e com menos dores.

    Posso puxar quando eu quero?

    Os puxões realizam-se durante as contracções. No entanto, o ideal é seguir as indicações da parteira ou do obstetra, quem através do tacto vaginal pode perceber a eficácia do puxão e ajudar a conseguir a sua máxima efectividade.

    Quando se utiliza os fórceps?

    Os fórceps são outro dos grandes fantasmas para muitas mamãs, e algumas pensam que já não se utilizam mais. No entanto, ainda se continuam a utilizar quando é necessário, embora as suas indicações tenham mudado. Se durante o parto se produz alguma complicação e a cabeça do bebé ainda não atravessou a primeira parte do canal de parto, é possível realizar uma cesariana. Pelo contrário, se a cabecinha já atravessou metade do canal, não é possível que volte para trás. Como tal, será necessário utilizar os fórceps para ajudar o bebé a sair. Para combater o medo, convém confiar na decisão do obstetra e ter em consideração que um parto prolongado pode tornar-se mais prejudicial do que a utilização dos fórceps dado que pode provocar alterações na saúde do bebé.

    Como se aplica a anestesia peridural?

    A anestesia peridural aplica-se na sala de dilatação, ou na sala de partos, e começa a produzir efeito aproximadamente aos cinco ou dez minutos da sua administração. A posição da mãe deve ser sentada ou recostada de lado na maca, com as costas curvas para que se distingam bem as vértebras. Depois de limpar a zona com um anti-séptico, efectua-se a punção. A agulha permite colocar um catéter (tubo plástico) para injectar as drogas analgésicas através do mesmo, ou novas doses se for necessário. A peridural pode administrar-se em qualquer momento do trabalho de parto. No entanto, o ideal é efectuá-la uma vez que o colo do útero se tenha aberto e a dilatação alcança pelo menos três ou quatro centímetros.

    Como é o momento do nascimento do bebé?

    A cena cinematográfica onde se observa uma mulher que inspira profundamente, guarda o ar nos pulmões, e logo puxa com cara vermelha pelo esforço e as veias do pescoço bem marcadas, apertando com força a mão do seu esposo no meio de um coro que a alenta com um "vamos, continua, mais, continua, mais", é bastante próxima da realidade. Posteriormente – se puxou bem a mamã receberá os aplausos da plateia, festejando a sua boa performance por ter facilitado o período expulsivo. De contrário, se o puxão não foi muito bom, a plateia também pode expressá-lo, ao mesmo tempo que renova os seus desejos para que o próximo seja mais eficaz.

    Após os puxões, se está em posição cefálica, o bebé assomará a cabecinha. O obstetra tomá-la-á entre as mãos e puxá-la-á suavemente para libertar os ombros e o resto do corpo, com um movimento de sobe e desce. Esta manobra geralmente demora poucos segundos. Durante a gravidez a maioria das mulheres pode imaginar que neste momento gritará, chorará, estará eufórica ou exultante. No entanto, por norma, tanto a mamã como o papá podem sentir-se serenos e tranquilos, embora sempre alerta.

    Todos os bebés nascem a chorar?

    Se bem que a maioria dos bebés nasça a chorar, alguns são muito vigorosos, mas também muito tranquilos e não choram. Por não chorar ao nascer não quer dizer que seja um bebé deprimido. Pode estar muito saudável embora não chore.

    Poderei tê-lo em cima, mal nasça?

    Uma vez que o bebé tenha nascido e ainda unido ao cordão umbilical é entregue à mamã, ou então ao neonatologista. Entre os 10 e os 30 segundos posteriores procede-se ao corte do cordão (recordemos que o corte deveria realizar-se mais tarde, para permitir uma adequada passagem ao bebé do sangue que se encontra no cordão), e muitos papás querem ser eles mesmos a cortá-lo, como expressão simbólica da sua participação no parto. Posteriormente e se o estado clínico o permite , o bebé poderá permanecer uns momentos sobre o peito da sua mamã e junto do papá, até que o neonatologista acredite ser prudente transferir o bebé e o papá até à sala de recepção de recém-nascidos.

    O que me fazem, enquanto observam o bebé?

    Enquanto o neonatologista observa o bebé, o profissional que assiste ao parto espera a expressão (expulsão da placenta). No caso de se ter efectuado uma episiotomia, ou se se constata a presença de um rasgão, procede-se a suturar a ferida.

    Uma amiga contou-me que após o parto, começou a tremer como uma folha...

    É possível que depois do parto a mamã sinta muito frio e comece a tremer. Isto deve-se a que a anestesia peridural afecta a regulação da temperatura corporal, e a mulher perde calor. Estes tremores também podem aparecer pelo mesmo motivo, uns 10 ou 15 minutos depois de lhe ter sido administrada a anestesia. Recorde que estes sintomas são completamente normais, e não há motivo para se assustar.

    Como posso controlar a dor?

    É importante ter em consideração que o sofrimento não nos faz mais mães, e que para aliviá-lo é possível recorrer à anestesia peridural. O objectivo da anestesia é diminuir a dor durante o trabalho de parto e o parto, e não se torna nociva nem para a mamã, nem para o bebé, pelo que deve ser considerada uma verdadeira aliada, dado que praticamente não causa dor e melhora significativamente a tolerância às contracções. As drogas utilizadas são analgésicos locais que em doses baixas bloqueiam a dor desde a região umbilical até às pernas, mas sem interferir no mecanismo do trabalho de parto.

    Para onde levam o bebé depois de nascer?

    Depois de cortar o cordão, o bebé é transferido para a sala de recepção localizada, geralmente, ao lado da sala de partos , onde encontraremos:

    - Uma balança para o pesar.

    - Uma lâmpada, que para além de iluminar, dá calor.

    - Uma coluna para realizar procedimentos de aspiração e administração de oxigénio.

    - Frascos com desinfectantes.

    - Uma banheira para realizar o primeiro banho do bebé.

    Como é uma sala de partos?

    A sala de partos é um quarto pequeno ou médio, revestido de azulejos, e provida de:

    - Uma cadeira de parto (na realidade trata-se de uma espécie de maca reclinável) onde a mamã vai dar à luz.

    - Uma mesa, onde se colocam os elementos necessários para a assistência ao parto.

    - Uma mesa na qual se coloca a roupinha para vestir o recém-nascido.

    - Em alguns casos, podemos também encontrar uma coluna pela qual se administra oxigénio, e uma bomba de aspiração, que podem tornar-se úteis em caso de realizar uma analgesia ou uma anestesia.
    - Dado que se trata de uma zona cirúrgica, quer dizer de um ambiente completamente estéril, para entrar na sala de partos necessita-se de uma vestimenta especial: gorro, botas, e às vezes máscara, tanto para o papá, como para o obstetra, a parteira, e todas as pessoas ali presentes.

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