Parte 1
O parto é um dos momentos mais esperados, mas também o que mais dúvidas desperta ao longo de toda a gravidez. Por isso, para chegarem a ele tranquilas, nada melhor do que o conhecerem até ao último detalhe.
A que se chama trabalho de parto?
O trabalho de parto consiste numa série de contracções uterinas regulares e progressivas que vão dilatando o colo do útero para permitir o nascimento do bebé.
O que é o rolhão mucoso?
Chama-se rolhão mucoso a um concentrado de secreções que se localiza na zona média do colo do útero, cuja função é proteger as membranas ovulares. Até ao final da gestação, quando o colo se abranda e se encurta, e antes do início do trabalho de parto ou durante o pré-parto, este tampão solta-se das paredes do colo do útero e cai. Muitas vezes, ao ver esta substância viscosa, às vezes misturada com sangue, a mamã pode preocupar-se acreditando erradamente que se trata do começo do trabalho de parto. No entanto, salvo que se acompanhe de contracções regulares e progressivas, a expulsão do rolhão mucoso não requer uma consulta urgente, dado que o parto pode demorar ainda vários dias ou talvez semanas.
O que significa a ruptura da bolsa?
Denomina-se ruptura de membranas à ruptura da bolsa das águas na qual se encontra o feto, imerso no líquido amniótico. Esta ruptura pode produzir-se de forma espontânea, ou artificialmente, quando a bolsa se rompe durante o trabalho de parto.
Como me apercebo de que rompi a bolsa?
Quando se produz a ruptura da bolsa, um líquido quente começa a fluir bruscamente entre as pernas e diferentemente da urina nenhum esforço será útil para retê-lo. O odor deste líquido é muito característico, segundo referem algumas mamãs parecido ao do sémen ou ao da lavandina. E a coloração é habitualmente clara. A quantidade pode ser variável, e depende do tamanho e da localização da ruptura: quando é alta, a perda geralmente é escassa; em troca, se a ruptura é baixa, o fluído pode ser mais abundante.
Se a bolsa se rompe, tenho de ir a correr para a maternidade? Sim, mas sem urgência. Se a ruptura das membranas se produz no término da gravidez (entre as semanas 37 e 41), na maioria dos casos pode esperar o início espontâneo do trabalho de parto durante as primeiras 24 horas, o que implica que de forma ordenada se pode ir planificando o internamento na maternidade.
Mas atenção:
Se o líquido tem uma cor esverdeada, acastanhada ou ensanguentada, ou odor desagradável, deverá deslocar-se para a maternidade com maior urgência, perante a possibilidade de que exista uma infecção das membranas, sangramento intra-uterino, ou mecónio fetal.
Como são as contracções de parto?
As contracções estão presentes durante toda a gravidez e podem ser indolores (segundo o que contam as mamãs, a sensação é de que a barriga fica dura). Mas as que correspondem ao parto propriamente dito caracterizam-se porque vão aumentando de frequência (são cada vez mais seguidas), e em intensidade, tornando-se mais fortes e dolorosas. O repouso é o primeiro inibidor das contracções uterinas que não correspondem ao trabalho de parto. Por isso, quando aparecem, é bom fazer um breve descanso para ver se cedem.
Se fazem parte do trabalho de parto, as contracções persistirão apesar do repouso. Classicamente, o período de dilatação divide-se em duas etapas. A primeira, denominada fase latente, começa com contracções irregulares e finaliza quando se consegue uma dilatação de dois ou três centímetros. Na segunda etapa, ou fase activa, as contracções vão aumentando a sua frequência, duração e intensidade, e também aumenta a dilatação, até chegar aos dez centímetros, no momento do parto.
As contracções doem sempre?
Como sabemos, a tolerância à dor é diferente de indivíduo para indivíduo. Assim, uma dor que se torna insuportável para uma pessoa, para outra pode significar apenas uma moinha. E com as contracções passa-se o mesmo: há mulheres que se contorcem com dores, enquanto que outras nem se apercebem de que estão em pleno trabalho de parto. O que realmente devemos saber é que não têm de ser necessariamente dolorosas para ser efectivas. Por isso, mais importante do que a dor, é considerar a frequência: contracções seguidas durante duas horas doam ou não, são um sintoma de que chegou a hora de partir rumo à maternidade.
Como é a equipa que estará comigo no momento do internamento?
Durante a etapa da dilatação, uma equipa de saúde composta por uma enfermeira, a enfermeira-parteira e o médico obstetra acompanham a grávida, e são os responsáveis por vigiar a saúde da mamã e do bebé, e as necessidades próprias do trabalho de parto.
Poderá o meu marido acompanhar-me? E se for cesariana?
Sabe-se , com uma boa evidência científica , que se as mulheres se sentem acompanhadas, o trabalho de parto evolui melhor, e inclusive necessitam de uma menor quantidade de analgesia ou anestesia. No caso das cesarianas, dado que se trata de uma intervenção cirúrgica, a presença de pessoas estranhas à sala de operações encontra-se restringida. Por este motivo, o papá poderá estar presente , se o médico o permite no primeiro momento: quando se administra a anestesia e até ao começo da cirurgia. Depois, deverá retirar-se e permanecer na sala de espera perto da sala de operações. Quando o bebé está a nascer já pode voltar a entrar e participar no nascimento junto com a mamã.
O meu marido não quer estar no parto. Pode acompanhar-me outra pessoa?
Os benefícios de se sentir acompanhada durante o trabalho de parto não se limitam à presença do papá. Por isso, se ele não deseja estar, a mamã poderá escolher outra pessoa. A presença dos filhos, embora seja discutida, também pode contemplar-se. No entanto, recomenda-se consultar o obstetra para ver qual a modalidade utilizada pela instituição.
Permite-se mais de um acompanhante?
Isso dependerá mais da modalidade de cada instituição que do obstetra.
Utiliza-se sempre a monitorização fetal durante o parto?
A monitorização electrónica torna-se útil para controlar a vitalidade fetal nas últimas semanas da gravidez, ou ainda durante o trabalho de parto, já que permite efectuar um seguimento da frequência cardíaca do bebé. Através dos movimentos fetais e do comportamento das batidas cardíacas é possível estabelecer o grau de oxigenação entre a mãe e o bebé. No entanto , salvo se trate de partos induzidos, gravidezes de risco, ou perante a suspeita do líquido amniótico conter mecónio , quando o parto é normal, a monitorização fetal não constitui uma prática de rotina. Neste caso, as batidas cardíacas são controladas mediante uma "corneta" de madeira ou plástico chamada estetoscópio de Pinard.
Quanto dura o trabalho de parto?
É verdade que se faz uma depilação?
Durante o trabalho de parto, tenho de estar deitada?
Tenho medo que termine numa cesariana!
Geralmente, a ideia da cesariana não costuma passar pela cabeça da futura mamã. Aliás, para algumas, só a sua menção, representa uma grande angústia. No entanto, durante o parto podem surgir situações imprevisíveis, que não há forma de detectar antecipadamente, pelo que a cesariana deve incluir-se dentro do menu de possibilidades de qualquer gravidez. Algumas mamãs crêem que se o bebé nasce por cesariana serão menos mães, porque não poderão sentir como saiu, e muitas podem sentir-se culpadas por ter feito algo mal. Mas se tomamos consciência do que o mais importante é o bebé e não por donde sai, poderemos evitar os sentimentos de frustração quando o parto não pode ser feito como o havíamos imaginado. Também é certo que algumas mamãs optam por uma cesariana, porque não desejam ter um parto vaginal. Uma vez analisados os riscos de ambas as situações, a mulher encontrar-se-á em condições de escolher e a sua decisão deve ser respeitada. A forma como termina o parto deveria acordar-se através de um consentimento informado, onde o obstetra explique as vantagens e desvantagens de cada uma, e a mulher pode dar a sua opinião a esse respeito. Os termos natural e artificial podem ser confusos, pelo que conviria evitá-los.
Quando me levarão para a sala de partos?
O que acontecerá quando entrar na sala de partos?
Além da mulher e o marido, na sala de partos pode estar muita gente: o obstetra, a parteira, às vezes segundo o lugar – algum médico que assiste o obstetra, uma enfermeira, o neonatologista e, às vezes, uma enfermeira pediátrica. Quando ingressa na sala de partos, a mamã é colocada numa maca reclinável. Em seguida, após uns poucos puxões, nascerá o bebé. Mas, se apesar dos puxões a cabecinha do bebé não aparece, durante as contracções pode ajudar-se com a manobra de Kristeller, exercendo uma suave pressão sobre a parte superior do abdómen (o fundo do útero) para que o puxão seja mais efectivo.Este procedimento torna-se extremamente útil e diminui notavelmente a necessidade de utilização dos fórceps ou ventosas. Para que a cabeça do bebé possa sair de forma adequada, é necessário distender a zona períneal, que se encontra entre a vulva e o ânus. O profissional que assiste ao parto irá definir a necessidade de proceder a uma episiotomia.
Atar-me-ão as pernas?
O parto é um dos momentos mais esperados, mas também o que mais dúvidas desperta ao longo de toda a gravidez. Por isso, para chegarem a ele tranquilas, nada melhor do que o conhecerem até ao último detalhe.
A que se chama trabalho de parto?
O trabalho de parto consiste numa série de contracções uterinas regulares e progressivas que vão dilatando o colo do útero para permitir o nascimento do bebé.
O que é o rolhão mucoso?
Chama-se rolhão mucoso a um concentrado de secreções que se localiza na zona média do colo do útero, cuja função é proteger as membranas ovulares. Até ao final da gestação, quando o colo se abranda e se encurta, e antes do início do trabalho de parto ou durante o pré-parto, este tampão solta-se das paredes do colo do útero e cai. Muitas vezes, ao ver esta substância viscosa, às vezes misturada com sangue, a mamã pode preocupar-se acreditando erradamente que se trata do começo do trabalho de parto. No entanto, salvo que se acompanhe de contracções regulares e progressivas, a expulsão do rolhão mucoso não requer uma consulta urgente, dado que o parto pode demorar ainda vários dias ou talvez semanas.
O que significa a ruptura da bolsa?
Denomina-se ruptura de membranas à ruptura da bolsa das águas na qual se encontra o feto, imerso no líquido amniótico. Esta ruptura pode produzir-se de forma espontânea, ou artificialmente, quando a bolsa se rompe durante o trabalho de parto.
Como me apercebo de que rompi a bolsa?
Quando se produz a ruptura da bolsa, um líquido quente começa a fluir bruscamente entre as pernas e diferentemente da urina nenhum esforço será útil para retê-lo. O odor deste líquido é muito característico, segundo referem algumas mamãs parecido ao do sémen ou ao da lavandina. E a coloração é habitualmente clara. A quantidade pode ser variável, e depende do tamanho e da localização da ruptura: quando é alta, a perda geralmente é escassa; em troca, se a ruptura é baixa, o fluído pode ser mais abundante.
Se a bolsa se rompe, tenho de ir a correr para a maternidade? Sim, mas sem urgência. Se a ruptura das membranas se produz no término da gravidez (entre as semanas 37 e 41), na maioria dos casos pode esperar o início espontâneo do trabalho de parto durante as primeiras 24 horas, o que implica que de forma ordenada se pode ir planificando o internamento na maternidade.
Mas atenção:
Se o líquido tem uma cor esverdeada, acastanhada ou ensanguentada, ou odor desagradável, deverá deslocar-se para a maternidade com maior urgência, perante a possibilidade de que exista uma infecção das membranas, sangramento intra-uterino, ou mecónio fetal.
Como são as contracções de parto?
As contracções estão presentes durante toda a gravidez e podem ser indolores (segundo o que contam as mamãs, a sensação é de que a barriga fica dura). Mas as que correspondem ao parto propriamente dito caracterizam-se porque vão aumentando de frequência (são cada vez mais seguidas), e em intensidade, tornando-se mais fortes e dolorosas. O repouso é o primeiro inibidor das contracções uterinas que não correspondem ao trabalho de parto. Por isso, quando aparecem, é bom fazer um breve descanso para ver se cedem.
Se fazem parte do trabalho de parto, as contracções persistirão apesar do repouso. Classicamente, o período de dilatação divide-se em duas etapas. A primeira, denominada fase latente, começa com contracções irregulares e finaliza quando se consegue uma dilatação de dois ou três centímetros. Na segunda etapa, ou fase activa, as contracções vão aumentando a sua frequência, duração e intensidade, e também aumenta a dilatação, até chegar aos dez centímetros, no momento do parto.
As contracções doem sempre?
Como sabemos, a tolerância à dor é diferente de indivíduo para indivíduo. Assim, uma dor que se torna insuportável para uma pessoa, para outra pode significar apenas uma moinha. E com as contracções passa-se o mesmo: há mulheres que se contorcem com dores, enquanto que outras nem se apercebem de que estão em pleno trabalho de parto. O que realmente devemos saber é que não têm de ser necessariamente dolorosas para ser efectivas. Por isso, mais importante do que a dor, é considerar a frequência: contracções seguidas durante duas horas doam ou não, são um sintoma de que chegou a hora de partir rumo à maternidade.
Como é a equipa que estará comigo no momento do internamento?
Durante a etapa da dilatação, uma equipa de saúde composta por uma enfermeira, a enfermeira-parteira e o médico obstetra acompanham a grávida, e são os responsáveis por vigiar a saúde da mamã e do bebé, e as necessidades próprias do trabalho de parto.
Poderá o meu marido acompanhar-me? E se for cesariana?
Sabe-se , com uma boa evidência científica , que se as mulheres se sentem acompanhadas, o trabalho de parto evolui melhor, e inclusive necessitam de uma menor quantidade de analgesia ou anestesia. No caso das cesarianas, dado que se trata de uma intervenção cirúrgica, a presença de pessoas estranhas à sala de operações encontra-se restringida. Por este motivo, o papá poderá estar presente , se o médico o permite no primeiro momento: quando se administra a anestesia e até ao começo da cirurgia. Depois, deverá retirar-se e permanecer na sala de espera perto da sala de operações. Quando o bebé está a nascer já pode voltar a entrar e participar no nascimento junto com a mamã.
O meu marido não quer estar no parto. Pode acompanhar-me outra pessoa?
Os benefícios de se sentir acompanhada durante o trabalho de parto não se limitam à presença do papá. Por isso, se ele não deseja estar, a mamã poderá escolher outra pessoa. A presença dos filhos, embora seja discutida, também pode contemplar-se. No entanto, recomenda-se consultar o obstetra para ver qual a modalidade utilizada pela instituição.
Permite-se mais de um acompanhante?
Isso dependerá mais da modalidade de cada instituição que do obstetra.
Utiliza-se sempre a monitorização fetal durante o parto?
A monitorização electrónica torna-se útil para controlar a vitalidade fetal nas últimas semanas da gravidez, ou ainda durante o trabalho de parto, já que permite efectuar um seguimento da frequência cardíaca do bebé. Através dos movimentos fetais e do comportamento das batidas cardíacas é possível estabelecer o grau de oxigenação entre a mãe e o bebé. No entanto , salvo se trate de partos induzidos, gravidezes de risco, ou perante a suspeita do líquido amniótico conter mecónio , quando o parto é normal, a monitorização fetal não constitui uma prática de rotina. Neste caso, as batidas cardíacas são controladas mediante uma "corneta" de madeira ou plástico chamada estetoscópio de Pinard.
Quanto dura o trabalho de parto?
A duração do trabalho de parto depende de cada mulher. Além disso, não é a mesma coisa quando se trata do primeiro parto, do segundo ou do terceiro. Habitualmente, na primeira gravidez, pode prolongar-se umas 12 a 14 horas como máximo; contrariamente, para os partos seguintes, a duração oscila entre as 6 e as 8 horas. Estes tempos dependem também da conduta conservadora ou activa que requer o trabalho de parto, e da equipa obstétrica que o assiste; ou seja, se o parto se deixa evoluir de modo expontâneo ou se se decide induzi-lo.
Quando me vão internar?
Uma vez que se tenha determinado que a mamã se encontra na fase activa do parto, ou seja, que já tem uma dilatação adequada, procede-se ao internamento.
O que me farão quando me internarem?
No momento do internamento efectua-se um controlo da tensão arterial, da temperatura e do pulso. Também se realiza uma palpação do abdómen para determinar em que posição se encontra o bebé e estimar o seu tamanho e controlam-se as suas batidas cardíacas. Por último, faz-se um exame vaginal para estabelecer o grau de desaparecimento (perda de espessura) do colo do útero, e observar se o bebé se encontra encaixado no canal pélvico Além disso, avalia-se o tamanho da pélvis em relação ao tamanho do bebé, para determinar se o parto poderá ser feito por via vaginal. Todos estes controlos realizam-se, geralmente, por conta da instituição.
Quando chegar à maternidade, irei directamente para a sala de partos?
Quando me vão internar?
Uma vez que se tenha determinado que a mamã se encontra na fase activa do parto, ou seja, que já tem uma dilatação adequada, procede-se ao internamento.
O que me farão quando me internarem?
No momento do internamento efectua-se um controlo da tensão arterial, da temperatura e do pulso. Também se realiza uma palpação do abdómen para determinar em que posição se encontra o bebé e estimar o seu tamanho e controlam-se as suas batidas cardíacas. Por último, faz-se um exame vaginal para estabelecer o grau de desaparecimento (perda de espessura) do colo do útero, e observar se o bebé se encontra encaixado no canal pélvico Além disso, avalia-se o tamanho da pélvis em relação ao tamanho do bebé, para determinar se o parto poderá ser feito por via vaginal. Todos estes controlos realizam-se, geralmente, por conta da instituição.
Quando chegar à maternidade, irei directamente para a sala de partos?
Ao chegar à maternidade, e após efectuar os controlos mencionados, poderá ir para um quarto, para a sala de partos, ou para uma sala de dilatação (a maioria das maternidades têm-na). Durante o trabalho de parto, a mamã permanece na sala de dilatação, acompanhada por uma equipa de saúde e algum familiar (geralmente o marido). Se a maternidade não conta com uma sala de dilatação, quando a grávida se encontra na fase final do trabalho de parto, é transportada directamente para a sala de partos.
Vão dar-me um clister?
Vão dar-me um clister?
Esporadicamente, a mamã pode ter uma deposição de matéria fecal no momento da expulsão do feto. Trata-se de uma situação normal que não tem porque se envergonhar, e deve-se ao facto da passagem do bebé através do canal de parto provocar uma distensão do esfíncter (o recto). Há uns anos, para evitar a contaminação da sala de partos, aplicava-se um clister no momento do internamento. E todavia, ainda hoje alguns médicos e instituições continuam com esta prática. Sem dúvida, em muitos lugares este hábito foi abolido devido a que o clister provoca cólicas, e é possível que a mamã não consiga distingui-las das contracções. Além disso, a prevenção das infecções através desse método tornou-se totalmente ineficaz.
É verdade que se faz uma depilação?
Se antes se considerava mais higiénico, hoje em dia, quando o parto é vaginal, geralmente não se faz a depilação ou só se depila a zona abaixo da pélvis, na zona onde se realizará a episiotomia. De acordo com a opinião dos médicos, os poros abertos podem sangrar e converter-se numa via de acesso aos germes, pelo que desaconselham, em absoluto, esta prática. No entanto, a decisão final será sempre tomada pelo obstetra.
Durante o trabalho de parto, tenho de estar deitada?
Se não há contra-indicações, durante o trabalho de parto a mamã pode deambular tranquila. Apesar de algumas investigações recentes sugerirem que salvo um maior bem-estar para a parturiente não existem grandes diferenças. Durante muito tempo manteve-se que andar ajudava à evolução do parto. Com efeito, é possível que se a mulher se encontra de pé, as contracções se tornem mais efectivas e menos dolorosas, acrescentando a isto que a força da gravidade e os movimentos da pélvis materna favoreceriam a descida e a apresentação do bebé.
Além disso, andar permite à mamã mudar de ambiente e estar mais próxima dos seus familiares, o que torna mais suave o trabalho de parto. No entanto, se o deseja, pode permanecer sentada ou deitada; neste último caso, sugere-se recostar-se preferencialmente para o lado esquerdo para favorecer a circulação útero-placentária e melhorar a oxigenação fetal.
O que se faz na sala de dilatação?
Na sala de dilatação, o médico ou a enfermeira-parteira anotam a evolução do trabalho de parto numa tabela especialmente desenhada (partograma), observando múltiplos factores como a frequência, intensidade e duração das contracções, a frequência cardíaca fetal, o estado da bolsa (se se encontra integra ou rota), as características do líquido amniótico, a evolução da dilatação e a dissipação do colo do utero, a posição do bebé e o grau de encaixe dentro da pélvis. O controlo pode realizar-se mediante o método clínico, quer dizer, palpando as contracções uterinas manualmente e comparando-as com a frequência cardíaca do bebé, quer seja através de ultra-sons ou do estetoscópio de Pinard, ou também por meio de um monitor fetal.
Como se vai dilatando o colo do útero?
Além disso, andar permite à mamã mudar de ambiente e estar mais próxima dos seus familiares, o que torna mais suave o trabalho de parto. No entanto, se o deseja, pode permanecer sentada ou deitada; neste último caso, sugere-se recostar-se preferencialmente para o lado esquerdo para favorecer a circulação útero-placentária e melhorar a oxigenação fetal.
O que se faz na sala de dilatação?
Na sala de dilatação, o médico ou a enfermeira-parteira anotam a evolução do trabalho de parto numa tabela especialmente desenhada (partograma), observando múltiplos factores como a frequência, intensidade e duração das contracções, a frequência cardíaca fetal, o estado da bolsa (se se encontra integra ou rota), as características do líquido amniótico, a evolução da dilatação e a dissipação do colo do utero, a posição do bebé e o grau de encaixe dentro da pélvis. O controlo pode realizar-se mediante o método clínico, quer dizer, palpando as contracções uterinas manualmente e comparando-as com a frequência cardíaca do bebé, quer seja através de ultra-sons ou do estetoscópio de Pinard, ou também por meio de um monitor fetal.
Como se vai dilatando o colo do útero?
A velocidade de dilatação do colo uterino é de aproximadamente um centímetro por hora. Se a dilatação é inadequada ou não avança (paragem da dilatação), será necessário conduzir o trabalho de parto. Para estimular a contractilidade uterina pode romper-se as membranas ovulares ou a bolsa de águas, e administra-se oxitocina uma hormona sintética similar à produzida pela hipófise materna, que estimula as contracções uterinas por via endovenosa.
Tenho medo que termine numa cesariana!
Geralmente, a ideia da cesariana não costuma passar pela cabeça da futura mamã. Aliás, para algumas, só a sua menção, representa uma grande angústia. No entanto, durante o parto podem surgir situações imprevisíveis, que não há forma de detectar antecipadamente, pelo que a cesariana deve incluir-se dentro do menu de possibilidades de qualquer gravidez. Algumas mamãs crêem que se o bebé nasce por cesariana serão menos mães, porque não poderão sentir como saiu, e muitas podem sentir-se culpadas por ter feito algo mal. Mas se tomamos consciência do que o mais importante é o bebé e não por donde sai, poderemos evitar os sentimentos de frustração quando o parto não pode ser feito como o havíamos imaginado. Também é certo que algumas mamãs optam por uma cesariana, porque não desejam ter um parto vaginal. Uma vez analisados os riscos de ambas as situações, a mulher encontrar-se-á em condições de escolher e a sua decisão deve ser respeitada. A forma como termina o parto deveria acordar-se através de um consentimento informado, onde o obstetra explique as vantagens e desvantagens de cada uma, e a mulher pode dar a sua opinião a esse respeito. Os termos natural e artificial podem ser confusos, pelo que conviria evitá-los.
Quando me levarão para a sala de partos?
Quando a dilatação alcança os cinco ou seis centímetros, ou então quando se completou (mais de dez centímetros), a mamã é transferida da sala de dilatação para a sala de partos, onde terá lugar o período expulsivo, ou seja, o nascimento do bebé.
O que acontecerá quando entrar na sala de partos?
Além da mulher e o marido, na sala de partos pode estar muita gente: o obstetra, a parteira, às vezes segundo o lugar – algum médico que assiste o obstetra, uma enfermeira, o neonatologista e, às vezes, uma enfermeira pediátrica. Quando ingressa na sala de partos, a mamã é colocada numa maca reclinável. Em seguida, após uns poucos puxões, nascerá o bebé. Mas, se apesar dos puxões a cabecinha do bebé não aparece, durante as contracções pode ajudar-se com a manobra de Kristeller, exercendo uma suave pressão sobre a parte superior do abdómen (o fundo do útero) para que o puxão seja mais efectivo.Este procedimento torna-se extremamente útil e diminui notavelmente a necessidade de utilização dos fórceps ou ventosas. Para que a cabeça do bebé possa sair de forma adequada, é necessário distender a zona períneal, que se encontra entre a vulva e o ânus. O profissional que assiste ao parto irá definir a necessidade de proceder a uma episiotomia.
Atar-me-ão as pernas?
As pernas não se atam, mas tenta-se dar-lhes um ponto de fixação de forma a que o puxão seja mais eficaz. Algumas cadeiras ou macas dispõem de perneiras para apoiá-las com maior comodidade.
Última edição por Admin em Seg maio 26 2008, 02:45, editado 1 vez(es)