Apesar de que na terça parte dos casos a infertilidade obedeça a causas masculinas, é importante entender que o paciente nunca deve ser o homem ou a mulher, mas o casal, uma vez que o projecto de ter um filho envolve os dois.
Aproximadamente de 10 a 15 por cento dos casais em idade reprodutiva sofrem transtornos de fertilidade. Estima-se que num terço deles os motivos sejam claramente femininos; no outro terço, nitidamente masculinos e no resto, trata-se de causas associadas.
No entanto, é importante entender que o paciente nunca deve ser o homem ou a mulher, mas o casal, uma vez que o projecto de ter um filho os envolve a ambos.
Um assunto de dois
Cada pessoa tem um potencial de fertilidade próprio. A soma dos potenciais de ambos os membros é o que determinará se o casal será fértil ou não. Assim, é possível entender porque um indivíduo pode ter filhos num casamento e dificuldades num novo.
O espermograma masculino pode encontrar-se alterado, mas se o potencial de fertilidade da mulher for elevado, compensará a situação e a gravidez produzir-se-á.
Por isso, não se pode ser categórico ao afirmar que uma alteração no sémen é a única causa de que o casal não possa conceber.
O que é a ejaculação
A ejaculação é a soma dos espermatozóides provenientes dos testículos e as secreções de glândulas como a próstata e as vesículas seminais. A expulsão destes produtos de forma sincronizada é regulada pelo sistema nervoso. Às vezes, o mecanismo ejaculatório pode encontrar-se alterado e o homem não consegue expulsar o sémen; não obstante, os seus testículos continuam a produzir espermatozóides.
O que se passa com a idade
Com a idade, o volume ejaculatório e a mobilidade dos espermatozóides vai diminuindo, ainda que a sua concentração costume declinar em idades tardias (mais de 60 anos).
Mas, assim como acontece na mulher, a idade paterna avançada associa-se directamente com um incremento da frequência de certas alterações genéticas e malformações nos bebés.
Quantidade ou qualidade?
Às vezes, a infertilidade masculina pode obedecer a certos transtornos que modificam o número de espermatozóides, ou a sua qualidade. Quando não existem espermatozóides fala-se de azoospermia, e se o número for baixo, de oligozoospermia. Quando os espermatozóides móveis são escassos, a alteração denomina-se astenozoospermia; e se existem muitos espermatozóides que apresentam alterações na sua forma, falamos de teratozoospermia.
Numa ejaculação normal expulsam-se de 2 a 5 ml de sémen com uma concentração superior a 20 milhões de espermatozóides por ml. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 50 por cento devem ser móveis, e 25 por cento devem movimentar-se rapidamente. Mas, independentemente dos valores do espermograma, está demonstrado que a gravidez depende da soma dos potenciais de fertilidade de ambos os membros do casal.
As causas
As alterações mais frequentes são as relacionadas com a qualidade espermática (mobilidade e morfologia). Com efeito, os espermatozóides ejaculados e depositados na vagina devem iniciar um longo caminho para encontrar-se com o óvulo. A diminuição da mobilidade diminui as hipóteses de que estes espermatozóides possam efectuar este trânsito pelo aparelho genital feminino.
No entanto, o mais importante é determinar a origem do problema que impede conseguir a gravidez. Para isso, é preciso averiguar os antecedentes do paciente, realizar um exaustivo exame físico, e alguns estudos complementares (hormonas, culturas, etc.) que permitam conhecer as causas e saber se podem corrigir-se.
Uma vez terminada a avaliação, podemos encontrar-nos com três situações possíveis: As potencialmente tratáveis (por exemplo, infecções e obstruções), as que não admitem tratamento (como os problemas genéticos), e a sub-fertilidade, na qual se regista uma diminuição na possibilidade de conseguir uma gravidez, apesar de não ser possível determinar a origem da alteração espermática.
Gravidez natural ou fertilização assistida?
Face a um quadro de infertilidade, o primeiro objectivo é que o casal consiga uma gravidez de maneira natural. Para isso, é necessário efectuar uma avaliação de ambos, determinar com precisão quais são as causas da dificuldade e, sobre esta base, estabelecer o tratamento adequado.
Quando se trata de uma alteração leve, pode recorrer-se a técnicas de baixa complexidade, como a inseminação artificial, que consiste na colocação do sémen melhorado em laboratório no útero da mulher no dia em que está em ovulação. No entanto, este método resulta pouco efectivo quando a causa da infertilidade é atribuída ao homem.
Um método revolucionário
Nos casos em que a infertilidade obedece a transtornos masculinos graves, a técnica mais eficaz é a injecção espermática intracitoplasmática (ICSI) que consiste em injectar, in vitro, um espermatozóide no óvulo da mulher para conseguir a fertilização; uma vez constituído o embrião, transfere-se para o útero.
Este complexo método mudou completamente o prognóstico da infertilidade masculina, uma vez que permite conseguir a gravidez em situações que até há pouco tempo não tinham possibilidade de tratamento.
Mandou-me a minha mulher
É ainda muito comum confundir fertilidade com potência sexual. Em muitos casos, esta associação foi-nos incutida desde a infância, e os homens com problemas de infertilidade podem ter um sentimento de frustração por não poder cumprir com o papel biológico de fecundar. No entanto, habitualmente é a mulher a primeira a ir à consulta. E muitos maridos costumam dizer "Venho porque foi a minha mulher que me mandou".
Sexualidade adiada
Geralmente, durante os tratamentos de fertilidade, a vida sexual do casal pode ver-se alterada. Devido a que em muitos casos o único objectivo é conseguir a gravidez, quando não se alcança esta meta é como se o sexo deixasse de ter sentido.
Da mesma maneira, sabemos que em cada mês que a gravidez não se produz, o casal sente-se frustrado muitas vezes e de modo inconsciente, decide suprimir a vida sexual, como uma maneira de evitar novos fracassos.
Por isso, junto com o tratamento médico, convém contar com um acompanhamento psicológico e sexológico, a fim de prevenir a deterioração do vínculo.
- Quando fracassaram os tratamentos convencionais.
- Quando existe uma causa não tratável (por exemplo, obstruções que não possam ser corrigidas cirurgicamente).
- Quando, devido à idade (mais de 37 anos), a mulher deixa de conseguir a gravidez num prazo relativamente curto.
Aproximadamente de 10 a 15 por cento dos casais em idade reprodutiva sofrem transtornos de fertilidade. Estima-se que num terço deles os motivos sejam claramente femininos; no outro terço, nitidamente masculinos e no resto, trata-se de causas associadas.
No entanto, é importante entender que o paciente nunca deve ser o homem ou a mulher, mas o casal, uma vez que o projecto de ter um filho os envolve a ambos.
Um assunto de dois
Cada pessoa tem um potencial de fertilidade próprio. A soma dos potenciais de ambos os membros é o que determinará se o casal será fértil ou não. Assim, é possível entender porque um indivíduo pode ter filhos num casamento e dificuldades num novo.
O espermograma masculino pode encontrar-se alterado, mas se o potencial de fertilidade da mulher for elevado, compensará a situação e a gravidez produzir-se-á.
Por isso, não se pode ser categórico ao afirmar que uma alteração no sémen é a única causa de que o casal não possa conceber.
O que é a ejaculação
A ejaculação é a soma dos espermatozóides provenientes dos testículos e as secreções de glândulas como a próstata e as vesículas seminais. A expulsão destes produtos de forma sincronizada é regulada pelo sistema nervoso. Às vezes, o mecanismo ejaculatório pode encontrar-se alterado e o homem não consegue expulsar o sémen; não obstante, os seus testículos continuam a produzir espermatozóides.
O que se passa com a idade
Com a idade, o volume ejaculatório e a mobilidade dos espermatozóides vai diminuindo, ainda que a sua concentração costume declinar em idades tardias (mais de 60 anos).
Mas, assim como acontece na mulher, a idade paterna avançada associa-se directamente com um incremento da frequência de certas alterações genéticas e malformações nos bebés.
Quantidade ou qualidade?
Às vezes, a infertilidade masculina pode obedecer a certos transtornos que modificam o número de espermatozóides, ou a sua qualidade. Quando não existem espermatozóides fala-se de azoospermia, e se o número for baixo, de oligozoospermia. Quando os espermatozóides móveis são escassos, a alteração denomina-se astenozoospermia; e se existem muitos espermatozóides que apresentam alterações na sua forma, falamos de teratozoospermia.
Numa ejaculação normal expulsam-se de 2 a 5 ml de sémen com uma concentração superior a 20 milhões de espermatozóides por ml. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 50 por cento devem ser móveis, e 25 por cento devem movimentar-se rapidamente. Mas, independentemente dos valores do espermograma, está demonstrado que a gravidez depende da soma dos potenciais de fertilidade de ambos os membros do casal.
As causas
As alterações mais frequentes são as relacionadas com a qualidade espermática (mobilidade e morfologia). Com efeito, os espermatozóides ejaculados e depositados na vagina devem iniciar um longo caminho para encontrar-se com o óvulo. A diminuição da mobilidade diminui as hipóteses de que estes espermatozóides possam efectuar este trânsito pelo aparelho genital feminino.
No entanto, o mais importante é determinar a origem do problema que impede conseguir a gravidez. Para isso, é preciso averiguar os antecedentes do paciente, realizar um exaustivo exame físico, e alguns estudos complementares (hormonas, culturas, etc.) que permitam conhecer as causas e saber se podem corrigir-se.
Uma vez terminada a avaliação, podemos encontrar-nos com três situações possíveis: As potencialmente tratáveis (por exemplo, infecções e obstruções), as que não admitem tratamento (como os problemas genéticos), e a sub-fertilidade, na qual se regista uma diminuição na possibilidade de conseguir uma gravidez, apesar de não ser possível determinar a origem da alteração espermática.
Gravidez natural ou fertilização assistida?
Face a um quadro de infertilidade, o primeiro objectivo é que o casal consiga uma gravidez de maneira natural. Para isso, é necessário efectuar uma avaliação de ambos, determinar com precisão quais são as causas da dificuldade e, sobre esta base, estabelecer o tratamento adequado.
Quando se trata de uma alteração leve, pode recorrer-se a técnicas de baixa complexidade, como a inseminação artificial, que consiste na colocação do sémen melhorado em laboratório no útero da mulher no dia em que está em ovulação. No entanto, este método resulta pouco efectivo quando a causa da infertilidade é atribuída ao homem.
Um método revolucionário
Nos casos em que a infertilidade obedece a transtornos masculinos graves, a técnica mais eficaz é a injecção espermática intracitoplasmática (ICSI) que consiste em injectar, in vitro, um espermatozóide no óvulo da mulher para conseguir a fertilização; uma vez constituído o embrião, transfere-se para o útero.
Este complexo método mudou completamente o prognóstico da infertilidade masculina, uma vez que permite conseguir a gravidez em situações que até há pouco tempo não tinham possibilidade de tratamento.
Mandou-me a minha mulher
É ainda muito comum confundir fertilidade com potência sexual. Em muitos casos, esta associação foi-nos incutida desde a infância, e os homens com problemas de infertilidade podem ter um sentimento de frustração por não poder cumprir com o papel biológico de fecundar. No entanto, habitualmente é a mulher a primeira a ir à consulta. E muitos maridos costumam dizer "Venho porque foi a minha mulher que me mandou".
Sexualidade adiada
Geralmente, durante os tratamentos de fertilidade, a vida sexual do casal pode ver-se alterada. Devido a que em muitos casos o único objectivo é conseguir a gravidez, quando não se alcança esta meta é como se o sexo deixasse de ter sentido.
Da mesma maneira, sabemos que em cada mês que a gravidez não se produz, o casal sente-se frustrado muitas vezes e de modo inconsciente, decide suprimir a vida sexual, como uma maneira de evitar novos fracassos.
Por isso, junto com o tratamento médico, convém contar com um acompanhamento psicológico e sexológico, a fim de prevenir a deterioração do vínculo.
- Quando fracassaram os tratamentos convencionais.
- Quando existe uma causa não tratável (por exemplo, obstruções que não possam ser corrigidas cirurgicamente).
- Quando, devido à idade (mais de 37 anos), a mulher deixa de conseguir a gravidez num prazo relativamente curto.
- Quando o casal assim o deseja.