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    .:Artigo:. - Tipos de Parto

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    Mensagem por Admin A Seg maio 26 2008, 02:42

    Quando vêm de nádegas
    Por volta da semana 30, o bebé dá a volta e coloca-se de cabeça para baixo, em posição cefálica.

    Até às trinta semanas de gestação, a cabeça do feto tem um tamanho maior que o seu abdómen. Por isso, e devido ao facto da parte superior do útero ser maior do que a porção inferior, o feto posiciona-se sentado.

    A partir da semana 30 a formação corporal já regista alterações importantes: o abdómen cresceu e começa a ser mais volumoso que a cabecinha. Neste momento, o feto vira-se, e coloca-se em "apresentação cefálica" (cabeça para baixo), para acomodar o seu corpo na parte mais ampla do útero.

    Momento de dar a volta
    O habitual é que o bebé rode uma só vez, entre as semanas 28 e 32, ainda que existam bebés que o fazem depois, e outros que dão a volta várias vezes. A mamã percebe perfeitamente estes movimentos, e o obstetra pode confirmar a mudança de posição através do exame do ventre materno. Geralmente a rotação pode ser acompanhada por um aumento da quantidade de contracções, o que pode assustar mais do que uma mamã. Não se assuste! Geralmente estes episódios só duram dois ou três dias e depois o seu útero recupera o seu comportamento habitual. No entanto, em 3 ou 4 por cento das gravidezes o bebé não roda e fica "de nádegas", com a sua pélvis ou os seus pés alinhados com a pélvis da mãe, ou seja, em "apresentação podálica" (ou pélvica).

    Apresentação podálica O que fazer?
    À medida que a gravidez avança, através da palpação do abdómen materno o obstetra pode observar a colocação do feto, e em caso de suspeita poderá recorrer a alguns estudos específicos (ecografia, Rx ao abdómen) para comprovar a sua posição. Uma vez confirmado o diagnóstico de apresentação podálica, poderá indicar alguns exercícios para favorecer a rotação (por exemplo, caminhar de gatas). Mas, se ainda assim o bebé não dá a volta poderá tentar rodá-lo mediante uma "versão externa".

    A versão externa
    Chama-se de versão externa à manobra que o obstetra realiza, tentando levar a cabecinha do bebé, da parte superior do útero para a pélvis materna, ou também o polo pélvico do feto de baixo para cima. Este procedimento realiza-se fora do útero, através do abdómen materno, às 37 semanas de gestação.

    Uma manobra limitada
    Nem todas as mamãs estão em condições para enfrentar uma versão externa. Assim, por exemplo, deverá evitar-se em mulheres que tenham sofrido hemorragias, em caso de placenta prévia, ou também quando – através da monitorização electrónica da frequência cardíaca – não seja possível garantir a saúde do bebé, ou se se trata de um feto com atraso de crescimento intra-uterino. Este procedimento tão pouco deve realizar-se em casos de gravidezes múltiplas, com escassa quantidade de líquido amniótico, ou que tenham sofrido uma ruptura prematura das membranas.

    Benefícios e complicações
    A versão externa efectua-se geralmente no consultório ou no hospital, e convém acompanhá-la de um controlo ecográfico para confirmar a apresentação do feto. Muitos obstetras podem efectuar estudos da frequência cardíaca fetal (monitorização) para avaliar o estado de saúde do bebé antes e depois do procedimento. Lamentavelmente, trata-se de uma manobra que não está isenta de riscos, e entre as complicações mais frequentes encontram-se o parto prematuro, a ruptura prematura das membranas, hemorragias – que podem afectar tanto o bebé como a mãe – e comprometer a saúde fetal que pode requerer uma cesariana de urgência. Não obstante, tem uma taxa de êxito próxima dos 65 por cento, embora aproximadamente 10 por cento dos bebés voltem a virar para a posição pélvica.

    Parto vaginal ou cesariana?
    Se bem que seja possível realizá-lo, em caso de apresentação pélvica, o parto vaginal aumenta o risco de complicações para o bebé. Assim, são mais frequentes os acidentes que podem afectar o cordão umbilical e comprometer a saúde do bebé. Por isso, a maioria dos obstetras pode considerar mais seguro e simples efectuar um parto abdominal mediante uma cesariana, especialmente se a mamã é primípara, dado que um parto vaginal tornar-se-ia extremamente difícil.

    Pelo contrário, se a mulher teve outros filhos por via vaginal, pode tentar-se pela mesma via, excepto em caso de intervenções no útero, cesarianas prévias, ruptura da bolsa ou placenta prévia. Outro factor a ter em consideração é o tamanho do bebé: se o primeiro filho teve um peso similar ao do que está para nascer, não há inconveniente em realizar um parto vaginal. Mas se se estima que o peso deste bebé é superior ao do primeiro, não é prudente tentá-lo.

    Um parto "volta dada"
    Nos casos de apresentação cefálica, o parto produz-se quando a dilatação é de 10 cm, momento em que pode sair a cabeça do bebé. Na apresentação pélvica, como o rabinho do bebé é mais pequeno do que a cabeça, pode entrar no canal de parto antes de se ter produzido a dilatação completa (por exemplo, com 7 cm). O problema é que se bem que o rabinho entre sem dificuldade, a cabeça não consegue passar por esse diâmetro.

    A apresentação pélvica pode ser completa ou incompleta. Se o bebé tem as pernas flectidas sobre o tronco, o que sai primeiro é o rabinho. Se, pelo contrário, está de cócoras, sairão juntos o rabinho e os pés. Também pode acontecer que saia primeiro uma perna, sendo necessário realizar uma série de manobras para acomodá-lo e terminar de retirar o tronco e a cabeça. Em conclusão, durante o parto cefálico, a necessidade de realizar manobras é muito menos frequente, enquanto que no caso da apresentação pélvica se converte numa regra.

    Os riscos
    Um parto em apresentação pélvica é sempre muito difícil, mas o obstetra deverá ser suficientemente experiente para poder solucionar qualquer eventualidade. O risco mais preocupante é o que se chama "retenção última de cabeça". Nos partos com apresentação cefálica, em primeiro lugar sai a cabeça, depois o pescoço, o tórax, o abdómen, o rabinho e por último os pés. Aqui acontece o contrário: a cabeça é a última a sair, e para conseguí-lo, o bebé terá que se ir acomodando ao diâmetro do canal de parto.

    Por isso, é necessário avaliar muito bem cada caso: quantos filhos teve a mulher, que peso tinham e que peso estimado tem o que está para nascer, em que condições se encontra a bolsa, e como evolui o trabalho de parto. No que diz respeito ao risco para a mãe, não difere do de um parto normal, embora seja provável que se produza um maior sangramento devido ao parto ser mais lento e trabalhoso.

    Analgesia e episiotomia
    Em todos os partos é necessária a colaboração da mãe, mas quando o bebé está em posição pélvica, é fundamental. Quando chega o momento em que está por sair a cabeça, é comum que a mamã esteja esgotada (estes partos são longos e a cabeça sai no final). Se bem que a anestesia não esteja contra-indicada, o mais apropriado é a analgesia, que alivia a dor mas não inibe a sensação, e permite que a mãe possa empurrar com força em cada contracção. Quanto à episiotomia, se bem que teoricamente evite eventuais rasgões, na actualidade trata-se de uma técnica muito discutida. No entanto, nos partos com apresentação pélvica é mais provável que deva recorrer-se a ela, segundo o tamanho do bebé, as características do períneo, da vulva e dos genitais da mulher.

    São gémeos!
    No caso de gravidez gemelar, existem várias alternativas quanto à posição: os dois bebés em apresentação cefálica, ambos em apresentação pélvica, o primeiro em posição cefálica e o segundo em pélvica, ou vice-versa. A maioria destes partos podem realizar-se por via vaginal, dado que os bebés são mais pequeninos e saem com maior facilidade. Assim como antes mencionámos a versão externa, nestes casos é às vezes necessário realizar uma "versão interna".
    Por exemplo, se o primeiro bebé está em apresentação cefálica, e o segundo em transversa (deitado), o primeiro nascerá como em qualquer parto, mas terá de se rodar o outro. Logo após a saída do primeiro bebé, através do tacto dentro do útero, o obstetra deverá agarrar o outro bebé pela perna e rodá-lo da apresentação transversa para a apresentação pélvica para poder realizar o parto.

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